Paulo Freire em seu livro
Professora Sim, Tia Não! Cartas a Quem Ousa Ensinar, propõe aos leitores uma
nova compreensão do significado dessas duas funções: professora e tia, além de
orientar os docentes sobre a importância do seu papel e valorização das suas
funções.
Segundo Freire é preciso ser ousado para se fazer educador, pois se torna
responsável pela formação profissional e pessoal de cada discente, questionando
então, o porquê da desvalorização do cargo através do termo ''tia(o)'' usado de
forma inadequada, mas indicando que um dos fatores seria o salário tão
menosprezado da classe, além da visão atual sobre a educação como aspecto
quantitativo e não qualitativo.
Após a introdução, Paulo Freire escreve dez cartas ao longo
do livro, dedicando-as aos mediadores da aprendizagem. A primeira “Ensinar -
Aprender Leitura do Mundo - Leitura da Palavra” começa com ele afirmando que
não é suficiente somente o domínio dos conteúdos, mas principalmente o
conhecimento de mundo para ser um bom professor, a segunda “Não Deixe que o
Medo do Difícil Paralise Você” traz o temor como um incentivador e não inibidor
de conquistas, a terceira “Vim Fazer o Curso de Magistério Porque Não Tive
Outra Possibilidade”, ressalta que o professor precisa ter convicção da sua
escolha reconhecendo a importância do seu ofício, a quarta “Das Qualidades Indispensáveis ao Melhor Desempenho de
Professoras e Professores Progressistas” aborda as características que os
educadores devem ter como a humildade, o carisma, a responsabilidade.
Seguindo, na quinta carta “Primeiro
Dia de Aula” aborda as primeiras experiências prováveis do docente diante das
tarefas, como insegurança e timidez, a sexta “Relações Entre a Educadora e os
Educandos” fala sobre autoridade, liberdade, identidade e respeito, a sétima “Falar
ao Educando e Com Ele; de Ouvir o Educando e Ser Ouvido Por Ele” retrata a
importância de se ouvir ambos os lados, na oitava “Identidade Cultural e
Educação” explica que devemos reverenciar, aceitar e respeitar a cultura do
outro, a nona “Contexto Concreto - Contexto Teórico” salienta a reflexão
crítica e a necessidade de enredar o contexto no cotidiano e por fim a décima, traz
a disciplina como base para o aprendizado.
Através desse livro, Freire nos dedica a
possibilidade de repensar sobre práticas de ensino, enfatizando que nossa
conduta como educadores reflete muito nas escolhas e vitórias dos discentes e o
quanto essa profissão precisa ser tratada com seriedade pela sociedade e principalmente
por quem atua na área, desfazendo a imagem de “tios” e acentuando os
professores mediadores de aprendizado que somos.
Exatamente! Em toda nossa discussão e problematização, Freire nos indica, conforme você destacou:
ResponderExcluir"Freire nos dedica a possibilidade de repensar sobre práticas de ensino, enfatizando que nossa conduta como educadores reflete muito nas escolhas e vitórias dos discentes e o quanto essa profissão precisa ser tratada com seriedade pela sociedade e principalmente por quem atua na área, desfazendo a imagem de “tios” e acentuando os professores mediadores de aprendizado que somos."
Sensacional Suzana! Neste contexto dialético é evidenciada a importância do Professor como peça fundamental para a mediação, articulação, socialização e sistematização dos conhecimentos.
ResponderExcluirTorna-se necessário que este novo professor que ora surge possa enfatizar práticas para assim "quebrar"a imagem de "tio(a)" dentro de sala de aula.